Será mesmo que “Amigo do meu amigo, meu amigo é”?
Se assim for, torna-se necessário acreditar também na Transitividade da Inimizade.
Deste modo, “Inimigo do meu inimigo, meu inimigo é”. Será?
Não é possível duas pessoas distintas partilharem um mesmo
inimigo, sem a obrigatoriedade de serem inimigas entre si?
Por outras palavras, nunca será exequível um par de sujeitos
diferenciados dividirem alguém hostil, sem ser indispensável ser desavindos?
Confuso?
Um pouco.
Admito que sim.
Vamos por partes.
Primeiro, vamos à seguinte WikiDefinição:
Numa relação transitiva, se a implica em b, e b implicar em c, então a implica em c.
Ora, com isto temos claro que a será
amigo de c caso ambos sejam amigos de b. Mas será que a será inimigo de c caso ambos sejam inimigos de b ?
Não seria possível a e c “suspenderem” a sua inimizada devido valores superiores,
neste caso a inimizade de ambos com b ?
Veja-se por exemplo o famoso Pacto Molotov-von Ribbentrop.
Este pacto veio demonstrar a inexistência de Transitividade
na Inimizade.
Como?
Molotov e von Ribbentrop, em nome dos respetivos países,
acordaram que, apesar de ambos partilharem inimigos, como por exemplo a Grã-Bretanha,
não tinham necessariamente que ser inimigos. Para tal, firmaram um pacto de não-agressão.
Deste modo, não creio que seja possível assegurar a
existência de Transitividade na Amizade.
Confuso?
Em suma, “Amigo do meu amigo, meu amigo pode ou não ser…”
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