terça-feira, 11 de junho de 2013

2 M

Já se sabe que há muita gente em Lisboa que só anda a pé nos dias em que há greve.

Numa altura de consensos, proponho que se interligue a ação sindical com uma coisa de nome pomposo - coisa muito ao gosto dos sindicatos! -  do tipo “Plano Nacional Quinquenal para o Fomento da Atividade Desportiva e  Combate à Obesidade, Excesso de Peso e Outras Doenças Relacionadas”, doravante designado como o PNQFADCOEPODR.

O Comité Central dos sindicatos consultaria o PNQFADCOEPODR para que a marcação das greves coincidisse com alturas consideradas convenientes, ou “alturas menos lesivas para os superiores interesses dos trabalhadores do setor do transporte de pessoas”.

Havia alturas em que era certinho:
       •   a seguir ao natal (para eliminar os excessos da consoada);
              em meados de janeiro (para ajudar a cumprir as resoluções do ano novo);
              pouco antes do carnaval (para que o vestido de mulher sirva a todos os que querem ser travestis por um dia!);
              logo após a páscoa (ninguém resiste às amêndoas, pois não?);
              por volta de meados de abril (para treinar os grandiosos desfiles do 25 de abril e 1 de maio);
              no início de junho (a praia está aí e o fato de banho não alargou desde o ano passado!);
              antes do regresso à escola (ninguém quer ser o gordo no novo ano ou ser o ‘pai gordo’ da criança que será vítima de bullying, pois não?);
              no início de outubro (os valores da república são para defender!);
              em meados de novembro (as castanhas são boas mas engordam…); e
              no início de dezembro (esta poderia ser feita num centro comercial…).

Claro que algumas pessoas iriam insistir em não seguir as indicações do sindicatos/ PNQFADCOEPODR e adotariam comportamentos desviantes, tais como levar o carro para o trabalho.

Uma vez que as verdadeiras vítimas das greves - que, como todos sabem, são os trabalhadores do metro - merecem ser compensadas lançava-se uma taxa aos que optassem por desrespeitar a luta dos trabalhadores.


Com esse dinheiro (que seria muito, já que quem tem carro deve estar ‘cheio dele’) pagar-se-ia um subsídio simbólico aos trabalhadores do metro para compensar o custo que têm por não ir trabalhar em prol da sociedade em geral.




Fica a ideia...
 
 

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